Até a noite de sábado estava certo que no domingo, 12 de fevereiro a equipe de trekking Os Mulambos iria participar da primeira prova do Campeonato Capixaba de Trekking. Pois é, estava! Um teve que trabalhar, outro torceu o pé, e junto com um amigo que iria estrear resolvemos não ir. Não rolou…
Porém, ficar em casa não estava nos meus planos. Bike afiada, trilha traçada no GPS e um belo dia de sol foi mais que suficiente para me animar a explorar uma nova trilha.
Dessa vez, O Mestre Álvaro foi literalmente companheiro de trilha, pois a ideia era circular o morro até chegar em Pitanga.
Características da trilha
O caminho é formado por pastagens e por estradas rurais, que não chegam a ser estradões já que o fluxo de pessoas é mesmo bem pequeno.
A vegetação é rasteira e fica fácil dar algumas desviadas da rota para explorar pontos perto da mata, que alias é bem fechada e preservada nessa face da montanha.
Mesmo estando coladinho na montanha a região é surpreendentemente plana, então para quem está iniciando ou se você quer pedalar com aquele amigo sedentário esse é o lugar. (só tome cuidado com o gado, existem muitas vacas com bezerrinhos e nessa fase elas podem ser agressivas se sentirem a cria ameaçada).
Mapa e altimetria
O Mestre Álvaro é considerado uma das maiores elevações litorâneas da costa brasileira e abriga uma das últimas áreas de Mata Atlântica de altitude do Espírito Santo. É uma formação rochosa de origem vulcânica com cerca de 833 metros de altitude no Estado do Espírito Santo.
O Mestre Álvaro é um maciço granítico que, devido à sua altura e posição, tem servido à navegação marítima há séculos. Ele é citado em documentos cartográficos do século XVI. Possui um bosque rico em fauna e flora nativas e algumas cavernas. Está localizado no município da Serra, que faz parte da região metropolitana da Grande Vitória. Possui 3.470 ha e uma variação altimétrica de 100 a 850 m.
Topônimo
Os antigos moradores da Serra contam que o Mestre Álvaro recebeu este nome porque ali morava um mestre de carpintaria, ou professor, de nome Álvaro e sempre que alguém desejava algum serviço dele, dizia: “Vou no Morro do Mestre Álvaro”. Outros explicam que ele serve de orientação aos pescadores, que se sentem seguros de seguirem pelo mar até que mantenham ao alcance dos olhos o topo do mesmo, que chamam de “Mestre Álvaro.”
Segundo o historiador Clério Borges o nome tem outra origem:
“O nome Mestre Álvaro é uma homenagem do Padre Jesuíta Braz Lourenço (Fundador da Serra) ao Capitão e Mestre de Navio de nome Álvaro da Costa, filho do segundo Governador Geral do Brasil, Dom Duarte da Costa.”
Visite: www.clerioborges.com.br
Eu particularmente vou nessa versão do Clério, me parece mais plausível.
Chama a atenção a quantidade de nascentes. Água limpa e fresca por todos as encostas, me refresquei varias vezes. Só não recomendo beber, não são potáveis depois de se afastarem tanto da nascente . São vários pontos onde os charcos molham a terra e criam habitat de várias espécies de aves, anfíbios e pequenos mamíferos.
O passeio durou pouco mais de 4 horas, isso porque parei muito para fotos e pequenas filmagens, descansei um pouco na sobra de uma jaqueira e fiz aquele lanchinho rápido. Foram 33.8km sem problemas. Infelizmente não deu pra registrar tudo até Pitanga, pois a bateria do celular acabou, se tivesse chegado até Pitanga o passeio teria totalizado 39km. Fica pra próxima.
Quero levar uns amigos nesse pedal. Agora é só organizar e partir!
Até a próxima e espero que gostem.