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A Bicicleta Encostada no Canto

A Bicicleta Encostada no Canto. Você pode estar acostumado a se aconchegar num sofá largo. Não há mal algum nisso. Mas é só até ai que ele te leva. Não se limite, podemos ir mais longe!

Aquela bicicleta encostada num canto. A alma dela fala, mas você ainda não pode ouvi-la.  

Ligado a natureza

Um esporte de ligação. Integração. Equitação. No mountain bike sua postura irá comprometer a sua força e equilíbrio, não lute. Em vez disso, mantenha o seu peito para cima e joelhos e cotovelos para fora. Fiquem soltos mountain bikers.

Explore, use sua gama completa de movimentos

Mantenha-se concentrado no caminho, e a sua bike: para cima e para baixo, para os lados e de trás pra frente.  

Se ligue, após essa arvore tem uma raiz na trilha. Você se antecipa, planeja o movimento. Pronto, passou.

Moveu o centro de gravidade em todas as direções e rompeu outro obstáculo. Derrotada, sem ser cortada. Foi bom que ela estivesse ali, e que então permaneça assim.

Onde mais posso ir

Unido ao meu cavalo, já sou mais dinâmico. Final de semana se aproxima, pesquisei novas trilhas. Conheci pessoas novas e descobri que existem outros loucos feito eu.

Outros que também sentiram o frio na barriga, o sabor do suor e o refresco da brisa. O cheiro do couro da luva suado já nem incomoda tanto. O que nos incomoda é ver a bike encostada no canto.

Quase senti ciúmes, pensei que isso fosse só meu. Queria que fosse, até então. Mas não. Existem outros, não tão normais.

Profissões, posições e condições sociais. Diferentes. Só que não, aqui no estradão cobertos de lama somos todos iguais.  

Já ouvi que do pó viemos e ao pó voltaremos. Se for assim, que a chuva caia, misture-se a terra e se torne barro.

A hierarquia é definida por quem sobe mais, e não por quem subiu “em” mais…

Já passei por aqui antes

Mas tudo está diferente. Um tronco de uma arvore caído, que no sábado passado não estava ali. Olho e me lembro daquela raiz, só que antes não era encoberta por terra.  

E todas essas pedras espalhadas pela trilha, só podem ser culpa da ultima chuva. Culpa dessa dinâmica desconhecida que move e recria tudo. E é pensando assim que novamente me pego com aquela pretensão humana de achar que somos o centro do universo.

Aquela bicicleta encostada num canto. A alma dela fala, e agora você já pode ouvi-la!  

Quando você montar eu prometo Vou te fazer sentir o vento que a montanha sopra Poderá ouvir os sons que toda cidade sufoca A musica que o passarinho toca Quero que perceba a velocidade pura que gerou, diferente da fumaça que o ponteiro do teu carro camuflou.

Mas agora, já ciclista começo a perceber

E repito pra mim mesmo. Já passei por aqui antes. Tudo continua como antes. O que mudou? Eu mudei.

Agora percebo que somos parte de um todo, e que este todo é muito maior que nosso sofá. Podemos mais que testemunhar. Podemos ir mais longe.

Hoje escuto minha bike, continua no cantinho dela, mas agora fintamos olhares e juntos contamos os dias para o próximo pedal com a turma.  

Quero ir mais longe. Mais longe do que o sofá pode me levar.

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Edu Cara de Barro

Um apaixonado pelo ciclismo e pelas histórias que ele nos permite criar. Pedalando, busco viver experiências que inspiram, conectam pessoas e transformam vidas, sempre guiado pelo lema: criar histórias e experiências positivas com a bike.

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