Minha última visita à Europa nesta temporada, mais duas provas muito importantes no calendário: Campeonato Mundial de Les Gets (França) e etapa final da Copa do Mundo de MTB em Val di Sole (Itália).
No domingo (28), disputei o Mundial de 2022, com certeza uma das provas mais importantes no calendário para nós ciclistas. É um grande foco para nós, porque ali vestimos a camiseta da Seleção Brasileira de Ciclismo, representando nossa nação.
Embora estejamos vestidos com as cores do Brasil, não deixo também de representar minha equipe, a Squadra Oggi, contando com todo o apoio e suporte dela para estar aqui no Velho Continente.
Vim de uma sequência muito boa de treinos, montados pelo meu treinador, Victor Rielves, com um bloco muito bom e respostas bastante positivas.
A viagem para Europa foi realizada uma semana antes da corrida e, por aqui, correu tudo bem, sem qualquer tipo de imprevistos.
No dia da prova, simplesmente não consegui me conectar. Senti muitas dores na minha lombar, isso passou para as pernas e não consegui fluir.
Não sou de dar desculpas, porque acho que a vida de atleta profissional está suscetível a isso. Como seres humanos normais que somos, há dias que o corpo não responde como queríamos.
Agradeço o apoio de todos que estiveram presentes na França. Foram dias incríveis em Les Gets. O público francês incentivou bastante nós atletas, independente do seu país.
Concluí a prova na 53ª posição, bastante frustrada por saber que não era a Raiza que eu poderia ser, que eu treinei e que eu me conheço, ali dentro da pista. Eu simplesmente não tive de onde tirar mais forças.
Essa é a vida de atleta. São aprendizados que levamos com a gente. Sigo firme, agora na Itália, para a última etapa da Copa do Mundo em 2022.
Já sinto meu corpo melhor, descansando e estou dando a devida atenção necessária a ele. Agora, vou aproveitar a energia das montanhas italianas, para fortalecer corpo e mente. Na sexta-feira (2), competirei no Short Track e, no domingo (4), o XCO.